Thursday, February 17, 2011

Amor entre Parceiros

"O amor entre parceiros exige a renúncia ao nosso primeiro e mais profundo amor, o amor por nossos pais. Somente depois que o apego do menino, afetuoso ou rancoroso- à mãe se resolve pode ele dar-se plenamente a parceira e ingressar na masculinidade. Também o apego da menina ao pai deve resolver-se antes de sua entrega ao parceiro e sua transformação em mulher. A união bem sucedida exige o sacrifício e a substituição de nossos antigos vínculos com nossos pais - os do menino com a mãe, os da menina com o pai.

O menino vive seu período pré-natal e sua primeira infância sobretudo dentro da esfera de influência da mãe. Se ficar ali, essa influência permeará sua mente e ele previlegiará o feminino. A fim de ser um homem capaz de participar plenamente de um relacionamento entre iguais deve renunciar ao primeiro e mais entranhando amor de sua vida -a mãe- passando logo para a esfera de influência do pai.

Em tempos remotos o processo pelo qual o menino se separava da mãe, era socialmente estruturado e amparado por rituais, o menino conquistava uma posição sólida no mundo do pai e não podia mais viver em casa da mãe como uma criança. Na nossa sociedade os processos formais que antes sustentavam esse processo desapareceram, de modo que a saída da esfera da influência materna costuma ser um passo doloroso e difícil. Atender as necessidades dos pais é uma tarefa pesada demais para uma criança.

Se o menino quizer torna-se homem terá de se associar ao pai, ao avô e ao mundo masculino. Só aí encontrará forças para escapar à esfera da mãe. "

Simetria oculta do Amor,
Bert Hellinger

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